segunda-feira, abril 25, 2005

Preciso de ti... preciso que precises de mim!

Onde estás?
Onde está o teu coração que não ouve o meu?
Onde está o meu que se perturba e não compreende o teu?
Desejava tanto caminhar contigo na tua dor... Ajudar-te, amar-te, mostrar-te o belo que há em ti e dizer-te baixinho: gosto de ti.
Mas é tão difícil amar quem não quer o nosso amor e o rejeita em todas as suas dimensões.

Quem não aceita o nosso ombro para chorar.
Quem não quer o nosso colo para desabafar.
Quem se afasta e se ocupa de tudo menos da amizade que ainda diz sentir...
Porquê deixámos de conseguir dar um abraço?
Porquê, estando juntos, as palavras já não fluem entre nós?
Como explicar este fosso que se forma, e se alarga, e se torna mais fundo...
E este nevoeiro que se formou não sei quando... esta barreira invísivel que turba o teu rosto e torna os seus traços vagos e distantes...
Dói esta ausência!
Dói sentir-te magoado.
Dói perceber-te amargurado.
Só te queria amar... Como amigo, não importa se só assim fosse!
Queria apenas amar-te!...

2 comentários:

Anónimo disse...

Ah!... Todas estas necessidades que nos mantêm incapazes de despertar para vôos maiores...
Todas as vozes amigas que me chamam do azul eterno, e eu - infeliz! - sem força de vontade para deixar para trás estas pesadas correntes de tantas e tantas vidas, sempre na mesma grutinha, a dar circulos e mais circulos, sem que o grito se liberte: «basta!»...

Porque temos medo de voar sozinhos, sempre esperando que "A/O Tal" chegue e nos dê a mão, nos ensine a voar? Mas quem vem, não nos ensina a voar.. apenas nos carrega de ainda mais pesadas correntes...

Mas há sempre um amanhã, e um novo dia de sol, nova oportunidade que a vida nos oferece, chamando-nos: «Vem! Liberta-te! És capaz!»...

Amem!

Anónimo disse...

uau.. estou sem palavras, ler este post faz-me sentir. Obrigado, Namaste