"E se eu descobrisse que eu mesmo sou aquele que precisa da esmola da minha bondade, que eu mesmo sou inimigo que precisa ser amado...
(...) A coisa mais difícil de todas, talvez mesmo impossível, é aceitar-se em sua própria miséria."
(Carl Gustav Jung)
Por vezes é tão difícil olhar o espelho que reflecte a minha imagem... Tantas vezes desvio o olhar, fecho os olhos para a realidade que se encontra à minha frente... Opto por seguir o caminho que me afasta dessa voz que ouço cá dentro e que por momentos fala uma língua que julgo ainda não ter aprendido!
Como dói encontar dentro de nós o que não gostamos, descobrir que somos nós próprios que lançamos a rede que nos captura... E como dói não conseguir ser caridosa e tolerante perante as minhas falhas, amar-me e aceitar-me totalmente!...
É fácil amar quando é belo tudo o que vêmos... quando é doce o perfume, quando é brilhante o olhar! Mas é também tão fácil não amar quando uma brecha se abre e deixa escapar o grito da revolta e o cheiro a mofo das zonas onde não penetra a luz... Tantas vezes, em momentos assim, escolho virar as costas para não ver, ou não deixar que vejam, esse vazio, esse lugar onde falta Deus.
Falta-me confiança em mim para largar todas as máscaras, deitá-las por terra e ser apenas Eu... Deixar que esta alma imperfeita cumpra a sua missão e possa continuar a crescer no amor de Deus!
Quero olhar para o todo que sou e puder dizer: Gosto do que vejo! Amo quem sou!
1 comentário:
gostei muito desta partilha...e como dói quando nos apercebemos das mágoas, feridas, buracos, e sentimentos mal construídos que transportamos...quando deparei com as minhas misérias, tive de reconstruir toda a minha personalidade e o meu objecto de amor. Tive de ser novamente amado para poder amar de novo. E é nesse momento que a minha conversão se dá, porque só o verdadeiro e grande Amor de Deus te faz sentir plena e eternamente amado, querido e livre. Foi Deus que me salvou. Não há ninguém que possa substituir este amor, não há ninguem que preencha mais o meu íntimo e a minha plenitude; a certeza que Jesus está vivo dentro de cada um de nós é a força que preciso para ser feliz.
um beijinho do teu sempre amigo
Bruno
O teu blog é bonito, como tu Catarina.
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