segunda-feira, fevereiro 27, 2006

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Sempre actual...

«A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio.»

(Martin Luther King Jr.)

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Um diálogo, quase retórico!...

Numa conversa, no meio de um daqueles inquéritos de rua dos quais me tento sempre esquivar, mas que hoje não consegui...
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(Sobre um seguro de saúde, depois de ter respondido que não estava interessada porque deveria ir para outro país dentro em breve.)
Ele: Hum, compreendo, vai trabalhar?
Eu: Mais ou menos... Se for, vou como voluntária.
Ele: Mas isso não é remunerado, pois não?!
Eu: Não.
Ele: Pois, acha que lhe trará benefícios depois, então. Quer dizer... Pode ser bom... - ficou encabulado, sem saber como continuar.
Eu: Sim, claro, em termos pessoais será muito importante.
Ele: Pois, sim... Mas vai deixar o trabalho?!...
Eu: Sim. Se entretanto voltar logo se vê.
Ele: Pois, tem de deixar o trabalho...
Eu: Sim, depois procuro outro, se o quizer.
Ele: E pensa em ficar lá, mas... - silêncio - Pois, não sei, ir assim... Porquê?
Eu: Pois... Porque sinto que devo ir... - e como ainda mostrava um olhar de incompreensão, continuei a tentar explicar - É algo que quero há muito tempo...
Ele: Sim, mas... - não sabia o que dizer, e claramente não me percebia.
Eu: Não dá para explicar, é algo que eu sinto... Faz parte de mim...
Ele: Pois... - silêncio - E como viverá lá?
Eu: A organização com quem vou paga-me as viagens, a alimentação e fico numa casa da comunidade.
Ele: Ah, ok! Mas se quizer comprar uma camisola não tem dinhero, não é?
Eu: Pois... - e agora como explicar isto?! - Vamos para tentar viver o mais próximo possível da realidade deles, ou melhor, vamos viver com mínimo que para nós é possível para assim nos tentarmos aproximarmos da vida que eles têm.
Ele: Pois... E como se chama a instituição?
(...)
Entretanto a conversa terminou, sem quase termos falado do seguro de saúde...
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Conversa comum... Dúvidas comuns... Olhar perplexo também muito comum...
O que dizer?!
Pode parece estranho para quem olha de fora... Mas há coisas que parecem não fazer sentido e que têm muito sentido! Para mim, fazer voluntariado é uma delas... E por isso coloco outro tipo de questão: "Como é que as pessoas conseguem viver toda a sua vida sem dedicarem parte dela aos outros?"...
Mas isso é a minha visão... de fora do mundo... ;)

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Doce Nostalgia...

Só hoje senti
Que o rumo a seguir
Levava pra longe
Senti que este chão
Já não tinha espaço
Pra tudo o que foge
Não sei o motivo pra ir
Só sei que não posso ficar
Não sei o que vem a seguir
Mas quero procurar
.
E hoje deixei
De tentar erguer
Os planos de sempre
Aqueles que são
Pra outro amanhã
Que há-de ser diferente
Não quero levar o que dei
Talvez nem sequer o que é meu
É que hoje parece bastar
Um pouco de céu
Um pouco de céu
.
Só hoje esperei
Já sem desespero
Que a noite caísse
Nenhuma palavra
Foi hoje diferente
Do que já se disse
E há qualquer coisa a nascer
Bem dentro no fundo de mim
E há uma força a vencer
Qualquer outro fim
.
Não quero levar o que dei
Talvez nem sequer o que é meu
É que hoje parece bastar
Um pouco de céu
Um pouco de céu
.
("Um pouco de Céu" - Mafalda Veiga)

Seremos burros... ;)

«Perguntaram um dia à Madre Teresa de Calcutá o que sentia quando entrava numa sala cheia de gente entusiasmada, de pé, a aplaudi-la. A pergunta era maliciosa. Ficava na mesma? Isso significaria que era insensível. Ficava lisongeada? Bem, então talvez não fosse assim tão santa como parecia...
Ela nem hesitou na resposta: Ficava contentíssima! Quando tal acontecia, ao ouvir os aplausos, enquanto andava, pensava em Jesus entrando de burro em Jerusalém entre hossanas de uma multidão enturiasmada e ficava contentíssima. Ela, claro, era o burro que transportava Jesus! Um burro feliz.»
(Nuno Tavar de Lemos, "O Príncipe e a Lavadeira")
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Levar Jesus aos outros...
Carregá-Lo com simplicidade nos nossos actos e nas nossas palavras...
Vivê-Lo diariamente, sem esperar aplausos e sem ter medo dos apupos!...

quarta-feira, fevereiro 08, 2006


(...) não se conformem, transformem (...)
(S. Paulo)

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

O sentido...

Qual o sentido daquilo que parece sem sentido?
Porventura estarei eu cega ou estarão certas coisas desprovidas de sentido?
Sim, talvez esteja cega...
Sim, talvez esteja apenas ansiosa...
Sim, é provável que tenham sentido, mesmo que não o encontre neste momento!
Mas custa-me muito fazer coisas "sem sentido"... principalmente quando nos parecem levar para longe daquilo que faz sentido!