sexta-feira, maio 19, 2006

Longe...

Talvez o meu coração tenha ficado lá longe... Ou talvez nunca tenha estado no local onde julgava que se encontrava...
Ontem fui à procura para ver se o encontrava e descobri uma caixa vazia no local onde esperava encontrar um coração. Segui várias pistas por meio de um rasto conhecido e encontrei, no meio do pó, uma nova caixa.

"Pó... esta caixa não é aberta há muito tempo, terei eu deixado aqui o meu coração?" Mas nada de coração, no seu interior encontrei apenas uma marca de sangue seco e uma flor...
Segui outras pistas e, uma após outra, fui abrindo as caixas que ía encontrando.
Ainda não terminei... Há tantas caixas por abrir!...
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Longe...
Está longe o meu coração ou sou só eu que estou longe?...
Longe do mundo e dos homens ou apenas do mundo e dos homens que conheço?!...
Sinto-me longe da realidade que vivo... Do país que é o meu, da família que é a minha e de tanta coisa mais que, na teoria, é para mim conhecida!
Desperto com uma frase de Madre Teresa: "a minha família morreu, agora vive apenas no meu coração"...
Viver no coração... Longe e perto.
Perto, porque persistirá para sempre.
Longe, por não fazer mais parte da realidade que busco.
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Mas, onde estará o meu coração?

segunda-feira, maio 08, 2006

Uma resposta interessante...

Parece que aconteceu num voo da British Airways entre Johannesburgo (África do Sul) e Londres...
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Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar na classe económica e viu que estava ao lado de um passageiro negro. Visivelmente perturbada, chamou a hospedeira.

"Qual o problema, senhora?" - perguntou a hospedeira.
"Não está a ver?" - respondeu a senhora - "vocês colocaram-me ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Têm de me dar outra cadeira".
"Por favor, acalme-se - disse a hospedeira -"infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível".
A hospedeira afastou-se e voltou alguns minutos depois: "Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe económica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar na classe económica. Temos apenas um lugar na primeira classe". E antes que a mulher fizesse algum comentário, continuou: "Veja, é incomum que a nossa companhia permita que um passageiro da classe económica viaje na primeira classe, porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável". E, dirigindo-se ao senhor negro, prosseguiu: "Portanto, senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe..."
Todos os passageiros próximos, que, estupefactos, assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.

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"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."


Martin Luther King