quinta-feira, julho 21, 2005

Saberei o que é amar?
Saberei amar sem desejar?
Se ainda não sei, estou pelo menos a aprender...
a cada dia que passa,
a cada sorriso e a cada lágrima...

Estranho sentimento,
este que sinto dentro de mim.
Não é como uma prisão que prende,
nem como o desejo que cega.
É antes uma chave mágica que abre novas portas.
É a asa que me ajuda a voar,
mostrando-me novos caminhos por onde caminhar.

É caminho feito a dois,
eu e quem eu amo.
Ele, que não sabe o que significa para mim,
e que sem perceber, me ensina mil segredos,
me mostra que sou capaz de fazer impossíveis,
e me revela o amor superior que Jesus nos veio mostrar.

Sim, acho que sei o que é amar...
Amo-te!
Deixei de caminhar só, pois, sem saberes, tu estás comigo.
Eu, tu e Deus...

4 comentários:

@ndrei@zul disse...

ñ te amo com a paixão dos apaixonados mas no entanto td o q descreves aí é tb o q me fazes sentir!!! =) és MUITO linda! baci

Anónimo disse...

Prometido é devido e aqui estou eu para te dizer o que senti quando apresentaram o projecto Bé Bá Chiná no jantar africano.

Também eu um dia parti em Missão, tal como tu, mas eu pensava que comigo tinha sido muito diferente todo este tempo de preparação. E porquê? Porque eu não me sentia propriamente radiante de felicidade por partir, eu sentia que era algo que tinha de fazer e sentia que ninguém percebia isso. Talvez sentisse isso porque algumas pessoas muito próximas não entenderam nem gostaram da minha decisão, talvez fosse apenas fruto da minha imaginão, não sei, só sei que para mim esse altura foi dificil.

No entanto, quando tu falaste na maneira como as pessoas contribuiram para a missão e do carinho e compreensão que viste nos olhos daqueles que te abordaram eu percebi o quão errada eu estava! Porque eu nem sempre vi essa compreensão porque estava cega de medo, medo de não estar à altura do pedido que o meu melhor Amigo me tinha feito.

Lá também nem tudo foi fácil, até crises de fé que nunca tinha tido eu tive. Pensei mesmo, em certas alturas, que não estava lá a fazer nada de importante e mais uma vez me enganei! E comecei a aperceber-me do meu erro lá ainda no final da missão e no jantar foi cm que o ponto final desta "percepção".

Ao dizer que Sim, mesmo que cheia de medo e dúvidas, eu ajudei-me a mim própria a crescer, ajudei os outros missionários que foram comigo e ajudei as pessoas do local onde estava tal como me tinham pedido! E já comecei a ver todos esses frutos.
Hoje tenho muitas saudades da Ventosa, daquela minha nova família e quero voltar lá em pouco tempo.

Para concluir, ter medo e dúvida é humano e é aí que temos de por a confiança divina a trabalhar!
Aproveita ao máximo esta experiência. Não esperes nada dela e tudo o que receberes será lucro. Não te preocupes com as "provisões" que tens de levar. Ele tratará de tudo. Abre o teu coração e assim farás Missão!

Um grande abraço desta amiga que fica cá a rezar por ti!

...senda...

Anónimo disse...

Só tenho duas palavras p este texto: mt lindo! Parabéns à autora:) ****

Anónimo disse...

olá, amiga, já não sei de ti há tantos meses, mas gostei muito da foto que aqui publicaste e do que tens escrito desde que voltaste. Surgiu me esta historia e lembrei me de nossas conversas semestrais (saudades..) Pois, aqui vai:

Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas na tenda do velho feiticeiro da tribo e falaram: Nós nos amamos e vamos nos casar.
E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã. Alguma coisa que garanta que poderemos ficar sempre juntos. Que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até a morte.
O velho sábio, ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse: Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada...
Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos caçar o falcão mais vigoroso do monte e traze-lo com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia.
E tu, Touro Bravo, deves escalar a montanha do trono, onde encontrarás a mais brava de todas as águias. Somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a viva.
Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada. No dia estabelecido, na frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco.
O velho pediu que, com cuidado, as tirassem dos sacos, e viu que eram belos exemplares...
E agora o que faremos? Perguntou o jovem nós as matamos e depois bebemos à honra de seu sangue? Ou cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne? Propôs a jovem.
Não! Disse o feiticeiro. Apanhem as aves e as amarrem entre si pelas patas, com essas fitas de couro.
Quando estiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres...
O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros...
A águia e o falcão tentaram alçar vôo, mas apenas conseguiram saltar pelo terreno.
Minutos depois, irritadas pela incapacidade de voar, as aves jogavam-se uma contra a outra, bicando-se até se machucar.
E o velho disse: jamais esqueçam o que estão vendo...
Este é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão... Se estiverem amarrados, um ao outro, ainda que por amor, viverão arrastando-se e, cedo ou tarde, começarão a machucar-se mutuamente.
Se quiserem que o amor entre vocês perdure... voem juntos... Mas nunca amarrados".
Vivei juntos, mas que haja espaço na vossa junção...
E que os ventos do céu dancem entre vós...
Amai-vos um ao outro, mas não façais do vosso amor um grilhão...
Que haja antes um mar ondulante entre as praias de vossas almas...
Cantai e dançai juntos, e sede alegres, mas deixai cada um de vós estar sozinho, assim como as cordas da lira são separadas e, no entanto, vibram na mesma harmonia...
Vivei juntos, mas não vos aconchegueis em demasia; pois as colunas do templo erguem-se separadamente, e o carvalho e o cipreste não crescem à sombra um do outro...
Agindo assim, juntos estareis até que as brancas asas da morte dissipem vossos dias...


(Com base em história de autoria desconhecida e em poesia de Khalil Gibram, do livro “O Profeta”, cap. 13)